
AFILIAÇÃO: B.S.A.A.
STATUS: Viva
TÍTULOS EM QUE APARECE: Resident Evil 5
DUBLADORES: Karen Dyer
Além disso, ela veio para cumprir um papel bastante político – que vai além da polêmica relacionada ao racismo que envolveu parte do desenvolvimento do game. Como uma nativa, Sheva está em Kijuju para fazer mais do que apenas lutar pelas armas biológicas. Ali, ela está lutando para salvar seu próprio povo, que como se não bastasse a pobreza e fome, ainda sofre nas mãos de inescrupulosas empresas farmacêuticas.
Nascida em 1986 em uma família pobre do oeste da África. A cidade onde ela viveu toda sua infância era anexa à Umbrella Plant 57, uma unidade da companhia que conduzia trabalhos misteriosos, confidenciais e conhecidos apenas dos oficiais de alta patente que por lá passavam.
A usina, claro, era o coração daquele povoado, com todos os habitantes trabalhando para a Umbrella ou conduzindo negócios relacionados a ela. Isso permitiu que a família Alomar tivesse uma vida relativamente tranquila, apesar da pobreza extrema de todo o país e continente.
História semelhante
A história da Umbrella Plant 57 é semelhante à de Raccoon City e seu destino, também. Em 1993, um vazamento viral atingiu a todos os trabalhadores e causou a destruição completa da unidade. Para esconder o acontecimento como um simples acidente, a empresa enviou times de suas Forças Especiais para acabar com os familiares dos mortos e qualquer habitante do local.
Enquanto os soldados seguiam de casa em casa executando pessoas, a pequena Sheva conseguiu fugir com a ajuda de um vizinho e se esconder da morte. Dois dias depois, ela foi adotada pelo tio, que possuía interesses que iam além do cuidado familiar. Ele pretendia chantagear a Umbrella com uma das poucas sobreviventes do local, recebendo algum tipo de compensação financeira. A empresa, porém, não se interessou pela criança.
Com os planos de seu novo protetor dando errado, Sheva acabou sendo deixada de lado pelo tio, que tinha sua própria família para cuidar. Mal tratada e faminta, ela decide fugir de casa e tentar a própria sorte na Savana, um local que, naquele momento, parecia menos hostil que sua própria casa.
A tatuagem de Sheva, que significa “herói” em suaíli.
À beira da morte, ela foi encontrada por uma nova família, que deu a ela um lugar para morar e comida. Tratava-se de um grupo guerrilheiro, um time bastante adequado ao ódio que começava a nascer em Sheva enquanto a verdade sobre a morte dos pais começava a fazer sentido em sua cabeça infantil.
O alvo, nesse caso, não era apenas a Umbrella, mas também o governo corrupto que permitia a continuidade das condições desumanas no país e a operação de companhias inescrupulosas que apenas exploravam o povo. A guerrilha se aproveitou da melhor forma possível desse sentimento, oferecendo treinamento e ganhando mais uma integrante motivada.
Moral em primeiro lugar
Após sete anos de luta, Sheva foi contatada pelo governo norte-americano com uma proposta. Sem que ela soubesse, o grupo guerrilheiro do qual fazia parte estava tratando com a Umbrella para a compra de um lote de armas biológicas. A proposta era simples: entregar o funcionário responsável pelo negócio e os rebeldes seriam absolvidos por todos os crimes cometidos.
Por mais que soubesse que, ao fazer isso, se veria mais uma vez sem um lar, Sheva foi em frente. A missão foi um sucesso e Sheva conseguiu entregar para os EUA mais um importante recurso na luta contra a empresa farmacêutica, que em 2000 estava apenas começando. A lealdade da moça também foi recompensada e o governo ofereceu a ela uma nova vida na América.
Lá, ela finalmente pôde colocar sua inteligência e habilidade à prova. Aprendendo inglês e ficando fluente em apenas seis meses, ela se formou com honras na universidade mas logo voltou ao combate, sendo recrutada pelo mesmo agente que a contatou anos antes. Ela se tornaria uma das primeiras oficiais da B.S.A.A., a recém-formada Aliança de Avaliação de Segurança em Bioterrorismo.
Sob a tutela de Josh Stone, ela passou por oito meses de treinamento intensivo. Escolheu o taijutsu – uma arte marcial criada por samurais e voltada para lutas sem armas – e obteve excelência em treinos de tiros, com precisão extraordinária. Mesmo com pouco tempo de corporação, ela acabou sendo apontada como uma das principais oficiais da sucursal da B.S.A.A. no oeste da África.
A nova parceira
Em 2009, Sheva é apontada pelo grupo como a parceira de Chris Redfield na quebra de uma negociação de armas biológicas que estaria sendo promovida pelo traficante Ricardo Irving na Zona Autônoma de Kijuju. As razões para a escolha, porém, vão muito além das habilidades de combate excepcionais da moça.
Além de conhecer bem a região, ela era uma nativa. O fator tranquilizaria os governantes e habitantes de Kijuju, que eram avessos a estrangeiros, principalmente quando a questão envolvia incursões militares e combates. A missão, ainda possuía um fator pessoal para a agente, já que o próprio povo estava na mira das armas biológicas.
Logo ao chegarem, porém, Chris e Sheva descobrem que a questão vai muito além de uma negociação armamentícia. Ao encontrarem o contato da missão, Reynard Fisher, eles descobrem que Irving também pode estar envolvido em um projeto apocalíptico, com uso de uma nova arma chamada Uroboros.
A sequência de imagens que veio depois foi impressionante até mesmo para os dois agentes já experientes. Eles presenciaram os habitantes de Kijuju completamente transformados em seres violentos, que capturaram Fisher e o executaram em frente a uma multidão. O alvo seguinte foram os dois agentes, que tiveram de lutar pelas próprias vidas.
Chris e Sheva sobreviviam como dava enquanto seguiam para o local marcado para a negociação, onde se encontrariam com o Time Alpha da B.S.A.A. para capturar Irving. A missão, que parecia simples, tomou contornos ainda mais sombrios quando a equipe foi dizimada por completo em uma ação que pareceu uma emboscada.
Indo além do dever
Enquanto a luta continuava e mais e mais agentes da B.S.A.A. eram assassinados, a dupla finalmente consegue se aproximar da captura de Irving. O criminoso, porém, é auxiliado por uma misteriosa moça mascarada, mas deixa para trás documentos importantes para Chris. Nos arquivos, ele descobre que sua velha parceira, Jill Valentine, poderia ainda estar viva, apesar de ter sido dado como morta tantos anos antes.
Mas não era apenas a ameaça que se tornava cada vez maior. Enquanto enfrentavam todos os perigos do mundo, a cumplicidade entre Chris e Sheva também crescia. Os dois recebem ordens de se retirar de Kijuju mas decidem continuar por conta própria, seguindo em frente em busca de Irving e da verdade sobre Jill.
Nesse processo, recebem a ajuda de Josh, o velho mentor de Sheva. Eles seguem por uma velha refinaria nos arredores de Kijuju e, finalmente, conseguem encurralar o traficante, que infecta a si mesmo com o vírus Uroboros. Cabe a eles enfrentarem o recém-criado monstro, que acaba sendo derrotado e entrega informações importantes sobre o que realmente está acontecendo ali.
Não se tratava apenas de uma negociação de armas biológicas. Ricardo Irving estava envolvido com a Tricell, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, em um plano para destruição do mundo orquestrado por Albert Wesker, um antigo inimigo de Chris. A trama, que nunca pareceu simples, havia acabado de ganhar contornos muito mais amplos.
Capaz de algo muito maior
A trama do vilão era megalomaníaca. A humanidade estava condenada e deveria ser completamente varrida da face da terra, sendo substituída por uma raça superior. O filtro para isso seria, justamente, o Uroboros, que selecionaria os imunes e mataria os impuros. E tudo estava para começar em algumas horas, com o disparo de um míssil.
Ao confrontarem o inimigo, a dupla descobre que a mulher mascara que estava minando todos os seus passos eram ninguém menos que a própria Jill, controlada por Wesker por meio de um dispositivo anexado ao peito. Após uma intensa batalha, Chris e Sheva conseguem acabar com o domínio da velha parceira, que retorna à consciência bastante debilitada.
Mesmo fraca, ela explica a eles a única forma de combater os poderes sobrehumanos do vilão: dar a ele uma superdose do vírus que, justamente, o deixava tão forte. O dever fala mais alto e a dupla deixa a ex-S.T.A.R.S. para trás, seguindo Wesker e Excella até um navio de onde o ataque com o Uroboros seria lançado.
Por pouco, a dupla consegue impedir o plano. O jato que carregava o torpedo é derrubado em um vulcão nas proximidades e Wesker, já ferido e sem opção, acaba infectando-se com o Uroboros. Com o poder adquirido, foi-se a sanidade dele e o megalomaníaco vilão se tornou ainda mais louco.
Como durante todo o tempo, Sheva permanece ao lado de Chris nesse combate. A luta, aqui, também conta com a ajuda de Josh e Jill, que aparecem a bordo de um helicóptero e trazem lançadores de torpedos, que dão um fim definitido a Albert Wesker. Para Sheva, a missão estava terminada e seu povo, pelo menos por enquanto, estava mais uma vez livre de ameaças.
Permanência
Após o incidente em Kijuju, Sheva permaneceu na África para ajudar a B.S.A.A. na contenção do que havia restado de armas biológicas no local. A amizade com Chris permaneceu, mesmo que a distância. Os dois não voltariam a trabalhar juntos em missão.
Em 2012, uma desastrosa missão em Edonia, na Europa, resultaria na morte de toda a equipe de Chris e no desaparecimento do agente. Na ocasião, Sheva entra em contato com Piers Nivans e oferece o auxílio de todo o braço africano da B.S.A.A. na operação de busca pelo capitão e velho amigo. Até agora, ela não apareceu novamente em um game da série.
Nenhum comentário:
Postar um comentário